Não foi o mais brilhante, não teve tempo para ser o mais decisivo, mas foi, seguramente, um dos expoentes máximos do futebol português e europeu. Ninguém leva a mal se o considerarmos o melhor defesa-central nacional de sempre, o de maior classe, o mais preponderante, aquele que reunia mais qualidades: Germano de Figueiredo.
Nasceu em Alcântara no dia 23 de Dezembro de 1932. Em 1947 já actuava nas camadas jovens do Atlético e cinco anos depois, com 20 anos, já era titular da equipa principal.
No ano seguinte, em 1953, chegou à Selecção Nacional, entrando para o lugar de Fernando Cabrita numa partida com a Áustria (0-0).
Tinha tudo acertado com o Sporting quando lhe foi detectada grave doença pulmonar. Esteve internado, temeu-se pela carreira e o mesmo raciocínio seguiram os dirigentes leoninos, que se desinteressaram da sua contratação.
Em 1960, com 28 anos, assinou pelo Benfica. A glória estava à sua espera. Uma glória que soube sempre entender como efémera e atrás da qual só correu por obrigação, olhando muito para o jogo e pouco para si.
Germano começou por ser avançado… e avançado chegou à Selecção, da qual esteve afastado entre 1955 e 1960, pelas razões já explicadas.
Fixou-se mais tarde a central. E foi nessa posição que conheceu as páginas mais brilhantes da sua vida desportiva. Germano de Figueiredo foi o primeiro jogador total, ao mais alto nível, que o futebol português conheceu, um extraordinário polivalente.
Na final da Taça dos Campeões de 1964/65, em S. Siro, depois de ter actuado a avançado, a médio e a defesa, foi obrigado a jogar a guarda-redes. Aos 57 minutos do jogo com o Inter, Costa Pereira lesionou-se e teve de abandonar o terreno. Num tempo em que não havia substituições, Germano assumiu a baliza encarnada. Pela frente tinha mais de meia hora de jogo. Não sofreu golos e, mais importante, teve duas ou três intervenções dignas de um guarda-redes com excelentes recursos… surpresa para muitos mas não para quem o conhecia do dia-a-dia, aqueles que sabiam, de fonte segura, que era tão bom, nessa posição, como nas outras.
A caminho de completar 33 anos, Germano de Figueiredo ainda esteve presente na fase final do Mundial de 1966, tendo actuado apenas no jogo frente à Bulgária. Quando regressou de Inglaterra teve a desagradável surpresa: Fernando Riera não contava com ele para a época seguinte. Foi para o Salgueiros.
Na final de 1968, em Wembley, fazia parte, juntamente com Fernando Cabrita, da equipa técnica comandada por Otto Glória. Manteve-se afastado do futebol, com aquele olhar triste que o acompanhou ao longo da vida.
Um dos maiores jogadores que este país conheceu. Um homem íntegro, que na altura de quebrar o silêncio de 30 anos, em entrevista a A BOLA Magazine, falou assim do responsável pelo fim de uma carreira excepcional: «(...) Fernando Riera foi um grande treinador, uma pessoa amável, profundo conhecedor do futebol, incapaz de cometer injustiças no relacionamento com os jogadores.»
Nasceu em Alcântara no dia 23 de Dezembro de 1932. Em 1947 já actuava nas camadas jovens do Atlético e cinco anos depois, com 20 anos, já era titular da equipa principal.
No ano seguinte, em 1953, chegou à Selecção Nacional, entrando para o lugar de Fernando Cabrita numa partida com a Áustria (0-0).
Tinha tudo acertado com o Sporting quando lhe foi detectada grave doença pulmonar. Esteve internado, temeu-se pela carreira e o mesmo raciocínio seguiram os dirigentes leoninos, que se desinteressaram da sua contratação.
Em 1960, com 28 anos, assinou pelo Benfica. A glória estava à sua espera. Uma glória que soube sempre entender como efémera e atrás da qual só correu por obrigação, olhando muito para o jogo e pouco para si.
Germano começou por ser avançado… e avançado chegou à Selecção, da qual esteve afastado entre 1955 e 1960, pelas razões já explicadas.
Fixou-se mais tarde a central. E foi nessa posição que conheceu as páginas mais brilhantes da sua vida desportiva. Germano de Figueiredo foi o primeiro jogador total, ao mais alto nível, que o futebol português conheceu, um extraordinário polivalente.
Na final da Taça dos Campeões de 1964/65, em S. Siro, depois de ter actuado a avançado, a médio e a defesa, foi obrigado a jogar a guarda-redes. Aos 57 minutos do jogo com o Inter, Costa Pereira lesionou-se e teve de abandonar o terreno. Num tempo em que não havia substituições, Germano assumiu a baliza encarnada. Pela frente tinha mais de meia hora de jogo. Não sofreu golos e, mais importante, teve duas ou três intervenções dignas de um guarda-redes com excelentes recursos… surpresa para muitos mas não para quem o conhecia do dia-a-dia, aqueles que sabiam, de fonte segura, que era tão bom, nessa posição, como nas outras.
A caminho de completar 33 anos, Germano de Figueiredo ainda esteve presente na fase final do Mundial de 1966, tendo actuado apenas no jogo frente à Bulgária. Quando regressou de Inglaterra teve a desagradável surpresa: Fernando Riera não contava com ele para a época seguinte. Foi para o Salgueiros.
Na final de 1968, em Wembley, fazia parte, juntamente com Fernando Cabrita, da equipa técnica comandada por Otto Glória. Manteve-se afastado do futebol, com aquele olhar triste que o acompanhou ao longo da vida.
Um dos maiores jogadores que este país conheceu. Um homem íntegro, que na altura de quebrar o silêncio de 30 anos, em entrevista a A BOLA Magazine, falou assim do responsável pelo fim de uma carreira excepcional: «(...) Fernando Riera foi um grande treinador, uma pessoa amável, profundo conhecedor do futebol, incapaz de cometer injustiças no relacionamento com os jogadores.»
Vídeo - Final TCE 64/65, Inter vs Benfica
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