sábado, 24 de janeiro de 2009

Ferenc Puskas

Pertence à restrita galeria dos imortais, dos maiores jogadores de todos os tempos: Ferenc Puskas.
Nascido a 2 de Abril de 1927, em Budapeste, cedo revelou dotes de goleador extraordinário. Esquerdino puro, era um avançado-centro temível, explosivo como poucos, pela rapidez de execução, velocidade, potência e certeza no remate… no fundo pelo talento dos predestinados.
Se a Hungria foi entre 1952 e1956 a mais brilhante selecção que o futebol conhecera até então (e, feitas as contas, dificilmente será desalojada do pódio), Puskas foi o seu expoente máximo. Para além de tudo o resto, tem ainda o suporte dos números, importante para qualquer ponta-de-lança. E esses não deixam mentir: fez 533 jogos a contar para os campeonatos nacionais (na terra natal e em Espanha) e marcou 511 golos; actuou na selecção húngara 84 vezes (56 das quais na qualidade de capitão) e apontou 83 golos (ainda hoje record mundial).
Começou no Kispesti AC, aos 12 anos, e ali permaneceu até 1949. Transferiu-se depois para o Honved, onde esteve até 1956, altura em que se deu o golpe de estado na Hungria, suportado pela União Soviética. Puskas, à semelhança de alguns dos seus mais ilustres companheiros da selecção (Kocsis, Czibor e Hidegkuti, por exemplo), decidiu abandonar o país. Houve jornais que chegaram a dá-lo como morto. Notíciasinfundadas.
Reapareceu na Áustria, passou por Itália, mas a FIFA suspendeu-lhe a licença, durante dois anos. Manteve-se afastado do futebol durante esse período mas seguro quanto ao futuro: já estava comprometido com o Real Madrid para a época de 1958/59.
Tinha 31 anos, quando chegou a Espanha. Ao serviço dos madrilistas prosseguiu a carreira ao nível do monstro que foi.
Quando parou de jogar, em 1967, aos 40 anos, tinha deixado para trás o rasto de maior goleador de sempre que o futebol conheceu. Com muitos títulos na bagagem e a maior de todas as frustrações: não ter aproveitado a oportunidade única de ganhar aquele Mundial de 1954. Lamento comum a todos os amantes do futebol.

Vídeo - Ferenc Puskas

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