terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Edson Arantes do Nascimento - Pelé

Em 1958, no Campeonato do Mundo, realizado na Suécia, era um menino com 17 anos. Mas, a despeito da timidez, Edson Arantes do Nascimento, Pelé para o resto da vida, já não era um menino qualquer.
Começou no Bauru Atlético Clube como júnior, descoberto por Valdemar de Brito, antigo internacional brasileiro participante na primeira edição do Campeonato do Mundo.
Em Setembro de 1956 estreou-se na equipa principal do Santos, frente ao Corinthians. Marcou um dos 36 golos com que terminou essa edição do campeonato paulista.
Em Julho de 1957, com 16 anos (nasceu a 23 de Outubro de 1940), chegou à selecção brasileira, num Brasil-Argentina, e selou a primeira de 92 internacionalizações com o primeiro dos 77 golos que apontou pelo escrete.
No Mundial da Suécia tinha 17 anos. Não fora pacífica a sua convocação (como a de Garrincha). Grandes jogadores foi coisa que nunca faltou no Brasil e muitas foram as estrelas afastadas da lista final do seleccionador Vicente Feola. Para agravar legitimidade das hesitações, Pelé vinha de uma lesão. Feola deixou-o de fora (tal como Garrincha), nos dois primeiros jogos. O empate a zero com a Inglaterra, exibições menos conseguidas e a pressão dos restantes jogadores pesaram na decisão do técnico: actuou no terceiro encontro, com a União Soviética. O Brasil ganhou por 2-0 e até final não mais saiu do onze.
Contribuiu com seis golos para o primeiro título mundial dos canarinhos, dois deles obtidos na final (marcou três à França, nas meias-finais, e foi dele o tento solitário que selou o triunfo sobre o País de Gales nos, quartos-de-final). Estava lançada a carreira daquele que, ainda hoje, é considerado o expoente máximo do futebol, o mais genial de todos os jogadores do século XX… tricampeão do Mundo (1958, 1962 e 1970), autor de 1283 golos em partidas oficiais, símbolo maior de um desporto que, se foi injusto para muitos, soube preservar a imagem daquele que, quase instintivamente, elegeu como o melhor de sempre.
Apesar dos números, reveladores de aptidão indiscutível para se movimentar na zona de finalização, Pele foi muito mais que mero ponta-de-lança: diabólico com a bola nos pés, rapidíssimo a executar, senhor de remate fabuloso, tinha estrutura física que lhe permitia resistir ao choque e abranger uma zona de terreno que não apenas a grande área. Era também um grande driblador, com visão de jogo extraordinária, que pensava mais depressa, que via mais longe. Não menos importante, dispunha de todos os argumentos necessários a um cabeceador exímio: elevação, tempo de salto e técnica perfeita no contacto com a bola.
Despediu-se da selecção em 1971 e deixou o Santos em 1974, para assumir papel preponderante na expansão do futebol nos Estados Unidos.
Ao serviço do Cosmos, de Nova Iorque, sagrou-se campeão e em Outubro de 1977 pendurou definitivamente as botas.



Vídeo - Pelé

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