quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

México 86 - "Mão de Deus"

De Diego Maradona a Peter Shilton vão 20 centímetros de diferença e mais um braço esquerdo. Quando os dois saltam no ar, o 10 sobe bem mais alto, o guarda-redes de Inglaterra quase não descola do solo, a natureza dá-lhe uma vantagem lógica. Mas Maradona sobe, sobe, chega primeiro e faz a bola entrar na baliza.
Maradona tentou tabelar com Valdano, o passe é interceptado por Steve Hodge, que tenta o alívio e faz a bola voar na direcção de Peter Shilton. Maradona não desiste, a bola está no ar e o 10 salta com o guarda-redes de Inglaterra… agora, já sabemos todos, que usou o braço esquerdo para chegar primeiro.
No estádio, há que admiti-lo, muitos não terão visto. A começar, parece evidente, pelo árbitro. Mas as imagens e o “replays” não deixaram dúvidas.
O árbitro achou que Maradona tinha marcado de cabeça, o homem da bandeirinha dirigiu-se para o centro, Maradona correu para o público de braço… esquerdo no ar!
Comentou-se tudo, escreveram-se livros, manifestos e canções. O árbitro, Ali Bennaceur, o tunisino que naquele dia entrou para a história do futebol, pela porta dos fundos, tentou dividir culpas. Jura, até hoje, que o seu assistente, o búlgaro Dotschev, lhe garantiu o golo era lmpo. E conta que, durante anos, recebia pelo Natal, um postal de Dotschev, que repetia sempre a mesma mensagem: “não houve mão”. Bennaceur diz que, ainda hoje, não sabe se era a brincar.
Quando Maradona iniciou o arranque para a imortalidade, para o seu segundo golo à Inglaterra (o melhor golo de sempre), o planeta do futebol ainda não estava completamente refeito do embuste: “foi mão”!! Passaram quatro minutos entre um momento e outro, primeiro, o grande logro, depois, o golo de sonho de Maradona, nesse encontro dos quartos-de-final do México 86, que testemunhou dois dos mais memoráveis momentos da história do futebol.
A “Mão de Deus” virou lenda e ajudou a extremar posições sobre Maradona… Divino ou infame? Ou as duas coisas, juntas?



Vídeo 1 - "Mão de Deus" (BBC)



Vídeo 2 - "Mão de Deus"



Vídeo 3 - "Mão de Deus" (ângulo inverso)



Vídeo 4 - Câmeras inéditas

Geoff Hurst – golo com ponto de interrogação

Wembley assistia à decisão do Mundial de 1966, que opunha a Inglaterra e a Alemanha, quando o jogo já levava emoções suficientes. A “Mannschft” marcou primeiro, a Inglaterra reagiu com dois golos e começava a pensar na festa quando, Weber, aproveitando uma série de ressaltos, marcou o golo do empate, mesmo ao cair do pano.
Quando Hurst recebeu o passe de Alan Ball e rematou, para fazer a bola bater na parte de dentro da trave e cair sobre a linha de golo, havia que tomar uma decisão. O árbitro suíço Gottfried Dienst consultou Tofik Bakhramov, que não teve dúvidas… poucos, depois dele, conseguiram ter tantas certezas sobre aquele lance.
Jogava-se o minuto 101, quando Hurst rematou: bola na trave, depois sobre a linha… os jogadores rodearam o árbitro, os alemães diziam que não entrou, os ingleses que sim. Dienst validou o lance.
A Inglaterra via-se a vencer por 3-2 e aguentava as últimas investidas alemãs. Os fãs já não continham a impaciência. Nos instantes finais do prolongamento, Hurst ainda faria o quarto golo inglês, num remate sobre o lado esquerdo.
A Inglaterra vencia, pela primeira e única vez, o Mundial. Hurst passou de suplente, no início da competição, a cavaleiro, ganhando o título de “Sir”, antes do nome, além do estatuto de autor do único “hat trick” de uma final de um Mundial. O mundo continuou a discutir o seu segundo golo.
Há tantas opiniões como estudos, mais ou menos científicos, sobre aquele momento. Em 1995, a Universidade de Oxford recorreu a um programa de computador e a termos como linhas verticais, projecção e intersecção para concluir que a bola não entrou. Existem ainda programas informáticos aplicados à televisão que juram provar o contrário… que sim, a bola entrou.
O golo de Wembley, na final do Mundial de 1966, é lembrado de cada vez que acontece algo parecido. Nessa altura volta a falar-se de tecnologia, do que pode fazer-se para minimizar o erro humano. A FIFA já colocou um “microchip” na bola para testar um sistema que permita perceber se a bola atravessa, por completo, a linha… entretanto, suspendeu-o. E a discussão continua.
Geoff Hurst esteve na capital do Azerbeijão, em 2004, para descerrar uma estátua em memória de Tofik Bakhramov, o antigo fiscal-de-linha que estará sempre no coração de cada inglês, o homem por detrás do golo menos consensual de todos os Mundiais.



Vídeo 1 - Lance Geoff Hurst



Vídeo 2 - Lance Geoff Hurst



Vídeo 3 - Comercial Kit Kat, Golo Hurst



Vídeo 4 - Golo?!

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Ricardo Zamora, "El Divino"

Um guarda-redes lenda, Ricardo Zamora, “El Divino”, como o apelidaram. Apesar de Yashin, ainda há quem garanta que ele foi o maior de sempre.
Jogou soberbamente pela Espanha no Mundial de 1934. O mesmo fizera 10 anos antes, nos Jogos Olímpicos de Paris.
Basco, destacou-se no Espanhol e no Barcelona, e, em 1930 protagonizou transferência histórica, inimaginável para um país pobre como ainda era o seu: foi contratado pelo Real Madrid por 150 mil pesetas. Para que se perceba melhor a diferença, por essa altura a maior transferência do futebol português orçou 15 contos, na passagem de Vítor Silva do Hóquei para o Benfica!
D. Zamora não era espectacularmente alto, mas a capacidade de antecipação e a sua habilidade compensavam a estatura.
Porque todos os génios dormitam, em1931 passou por uma tarde de suprema humilhação, na lama de Highbury, sofrendo sete golos de uma violenta e empolgada selecção inglesa! Desconsolado, sentou-se na relva e desatou a chorar. Esteve assim longos minutos, até que os companheiros o foram buscar. As lágrimas continuavam, em catarata, pelo rosto… parecia que tinha deixado no campo o coração despedaçado. Mas nem isso lhe empanou o brilho. E em todos os livros de história, que falam das legendas do futebol lá está Zamora.
Ao longo de 20 anos de carreira, são muitas as exibições monumentais e as defesas impossíveis que se contam Zamora ter feito. Muitas delas, ganharam asas, apenas, no imaginário popular, mas, num histórico jogo, essas defesas, atingiram, seguramente, contornos épicos.Foi nos quartos-de-final do Mundial-34, contra a Itália de Meazza, em que Zamora defendeu tudo, perante o avassalador ataque azzurro, durante 120 minutos, garantindo o empate, 1-1, que levaria a decisão para um segundo jogo, onde, no entanto, Zamora, totalmente esgotado da exibição da véspera, não poderia alinhar, acabando a Espanha por ser eliminada, com Nogués na baliza. Como ele próprio escreveu nas suas memórias, Zamora, o lendário guarda-redes, morreu em 1936, com 35 anos. Ricardo, o comum mortal, desapareceria mais tarde. Sucederia em 1978, com 77 anos.



Vídeo - Ricardo Zamora

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

O melhor golo de sempre - México 86

“…and that’s why Maradona is the best player in the world!!!”
O narrador da BBC aumentou o tom de voz, à medida que a frase se aproximava do fim e a bola se dirigia para a rede. Ganhou fôlego para deixar as exclamações no ar… depois calou-se. Apenas as imagens do delírio de mais de 100 mil espectadores. E o silêncio, a deixar assentar o peso daquelas palavras definitivas: o melhor jogador do mundo acabara de marcar o melhor golo de todos os tempos. Nunca uma frase misturou, tão bem, incredulidade, inveja e admiração. Nunca um golo se aproximou tanto do divino.
Tudo começou numa recuperação de bola a meio-campo. Enrique recebeu com espaço, levantou a cabeça, viu o patrão marcado por Reid e Beardsley, mas fez o passe. De costas para a baliza, Maradona rodopiou sobre ele próprio e, em três toques, tomou a direcção certa, acelerando a cada passada. Levantou a cabeça, viu Valdano a avançar pelo meio, demasiado longe para a tabelinha. Sempre a acelerar, desviou-se de Butcher, que lhe saiu ao caminho, e, contrariando as leis da física, ganhou ainda mais velocidade com o desvio. Com o bafo de Peter Reid nas costas, entrou na área, pondo mais um inglês, Fenwick, a correr para o lado errado da história.
A pensar a 300 quilómetros por segundo, teve tempo para se lembrar de um lance parecido, cinco anos antes, em Wembley, quando rematou demasiado cedo, fazendo a bola sair um palmo ao lado do poste. No regresso à Argentina, o irmão mais novo, Turco, dissera-lhe, simplesmente: “Na próxima vez aguenta o remate mais tempo”. Tinha chegado a próxima vez, e Maradona iria fazer-lhe a vontade.
Peter Shilton, o guarda-redes inglês, então com 37 anos, até foi bastante rápido a sair dos postes. Em menos de três segundos estava fora da pequena área, a tapar todos os ângulos que a lógica permitia descobrir. Mas, nessa altura, Maradona já só obedecia à sua própria lógica, e a mais nenhuma. Seguindo o conselho de Turco, aguentou o remate e puxou a bola para o seu lado direito, deixando Shilton sentado no chão, a olhar para trás.
Faltava concluir e já não lhe restava muito tempo: Butcher tinha feito meia volta e investia sobre a sua camisola azul celeste como um touro. Por isso, o décimo segundo, e último toque, foi feito já em desequilíbrio, com a ponta do pé esquerdo, a antecipar-se, numa fracção de segundo, à perna esquerda do central inglês.
Assim que a bola tocou nas redes e o narrador da BBC se calou, Maradona levantou-se, ágil como um gato, e saiu a correr, rumo à bandeirola de canto, à sua direita. Não tinham passado, sequer, 12 segundos, desde aquele passe inocente, de Enrique, antes do meio-campo. Nunca, em toda a história da humanidade, alguém construíra uma catedral tão rapidamente. Muito menos, usando apenas o pé esquerdo.



Vídeo 1 - Golo de Maradona (câmara lenta)


Vídeo 2 - Golo de Maradona (comentários)



Vídeo 3 - Golo de Maradona (comentários BBC)

Golo de Tardelli – Mundial 1982

Num Santiago Barnabéu a abarrotar, a Itália cumpriu o destino. Bearzot, o treinador italiano, e os seus jogadores, passaram de vilões a heróis nacionais.
A squadra azzurra redescobria a estética de um futebol baseado, sobretudo, na eficácia e os alemães nada puderam fazer. Cabrinni ainda falhou um penalty, mas Rossi, Tardelli e Altobelli fizeram disparar o resultado para expressivos 3-0, que Breitner atenuou, ao cair do pano.
A comemoração de Tardelli, aquando da obtenção do seu golo, ficaria para sempre, na história do futebol, como o ícone do êxtase e da superação que o golo proporciona.
Vídeo 1 - Golo Tardelli
Vídeo 2 - Tardelli relembra o golo
Vídeo 3 - Final Mundial 1982 (Espanha)

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Banks defendeu um golo

Aos 10 minutos de jogo, de um empolgante Brasil vs Inglaterra, do Mundial de 1970, no México, tudo foi perfeito: o pique de Jairzinho na direita, a ganhar a linha de fundo a Cooper; o cruzamento tenso e preciso, de primeira; a incrível impulsão de Pelé, suspenso no ar; a cabeçada, a bater no chão, mesmo antes de chegar à linha…
Em condições normais, isto chegaria para descrever um dos melhores golos da história dos Mundiais. Mas não… chega para descrever a história do melhor “quase-golo” da história do futebol: o talento do guarda-redes Banks estava no sítio certo, na altura certa, para fazer a melhor defesa de todos os tempos. Um mergulho fulminante para a direita, o corpo esticado, na horizontal. Dada a potência do cabeceamento de Pelé, tocar na bola, antes de ela entrar, já seria uma proeza ao alcance de poucos. Desviá-la por cima da trave, com um reflexo inacreditável do braço direito, foi, simplesmente, um milagre. Um milagre “multiplicado” pelas intermináveis repetições da transmissão televisiva, e que, ainda hoje, resiste às leis da física e aos “frame-by-frame” dos DVD’s.
Anos mais tarde, Pelé resumiu o lance com uma frase quase tão perfeita como a própria jogada: “Banks foi o único guarda-redes que defendeu um golo meu!”. É justo que fique assim: aquele lance foi mesmo golo para toda a gente… menos para Banks.


Vídeo - Banks vs Pelé, Mundial 1970, México


Vídeo - Comercial, Banks vs Pelé

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Final Taça Campeões Europeus (1985) - Tragédia Heysel Park

A tragédia no Estádio do Heysel, na Bélgica, ocorreu no dia 29 de Maio de 1985, quando se ia disputar a final da Taça dos Campeões Europeus, que opunha o Liverpool e a Juventus.
A possibilidade de confrontos entre os adeptos, de ambas as equipas, foi, desde início, ponderada pelas autoridades belgas, que anunciaram uma série de medidas a tomar… proibição da venda de bebidas alcoólicas em estabelecimentos próximos do estádio; revista a todos os espectadores, à entrada para o jogo; um total de 1500 policias para salvaguardar a segurança. No entanto, a maior parte dos bares continuou a trabalhar normalmente e a servir os hooligans, de ambas as equipas.
Os distúrbios começaram ainda fora do estádio, com ingleses e italianos a trocarem provocações. Por volta das 19 horas, uma grande parte dos espectadores já se encontrava dentro do recinto do Heysel.
Muitos adeptos italianos tinham adquirido bilhete para uma secção neutra, próxima do espaço concedido aos adeptos do Liverpool.
Contrariamente ao previsto, pela polícia, o lado norte do estádio estava partilhado por adeptos das duas formações, separados apenas por uma pequena barreira e alguns polícias.
O lançamento de foguetes e petardos, por parte dos italianos, precipitou os acontecimentos. Os furiosos hooligans ingleses começaram a correr e a carregar sobre todos os adeptos que se encontravam naquela faixa, empurrando-os para uma parede, que se viria a desmoronar, causando as mortes por esmagamento e asfixia.
As grades que separavam as bancadas cederam à pressão humana e deram lugar à tragédia. Dezenas de espectadores italianos foram “espezinhados” por hooligans, que usaram barras de ferro para bater nos “adeptos rivais”. Com a pressão dos espectadores em pânico, o muro caiu, arrastando na queda mais algumas dezenas de pessoas.
A expectativa em relação ao jogo era grande… e a UEFA decidiu-se pela realização do jogo.
O balanço final da tragédia apontou 38 mortos e um número indeterminado de feridos. A polícia não efectuou nenhuma detenção.
Os hooligans ingleses foram responsabilizados pelo incidente, o que resultou na proibição das equipas britânicas participarem em competições europeias, por um período de cinco anos.
As reacções do povo inglês foram todas no sentido da reprovação e incredulidade pelos actos violentos dos adeptos do Liverpool, o que levou, a própria rainha, Isabel II, a condenar, publicamente, o comportamento dos hooligans e a apoiar a suspensão das equipas inglesas.
A Bélgica também foi punida pela UEFA. O país ficou proibido de organizar finais de competições europeias, por um período de 10 anos.
O jogo, em si, ficou em segundo plano… mas acabou com a, nada comemorada, vitória da Juventus por uma bola a zero, com um golo de grande penalidade, apontada por Michel Platini, a grande estrela do clube italiano.



Vídeo - Tragédia Heysel Park (RAI)


Vídeo - Resumo Jogo da Final


Mundial 1982 (Espanha) - Xeque invade relvado

No mínimo, insólito, o que sucedeu no França vs Kuwait, no Mundial de 1982, em Espanha.
Na sequência de um lance que culminou em golo francês, o xeque Fahid Al-Sabah, presidente da federação de futebol do Kuwait, desceu da tribuna, entrou em campo, e mandou retirar a sua selecção do relvado. Gerou-se a confusão…indescritível. Perante o ar incrédulo do juiz da partida, o soviético Miroslav Stupar.
O xeque regressaria ao seu lugar, o jogo haveria de prosseguir, depois de alguns minutos de interrupção. Surpresa das surpresas, e para ser maior o escândalo, o Árbitro acabou por invalidar o golo (legal), dos franceses. A FIFA não deixaria passar o caso, sem punir Stupar.



Vídeo 1 - Xeque invade relvado


Vídeo 2 - Xeque invade relvado

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

John Langenus, Árbitro da Final do 1º Mundial

Árbitro belga, que também se identificava como Jan, Jean, Johannes ou Julian, nasceu em Berchem (Antuérpia) a 8 de Dezembro de 1891, onde faleceu no dia 1 de Outubro de 1952, com 60 anos de idade.
Não foi por acaso que a FIFA o nomeou para dirigir a primeira final dum mundial de futebol, dado que foi levado em consideração a sua experiência, o seu perfil e, acima de tudo, a sua forte personalidade, aliada à sua compleição física.
Como Árbitro de futebol, participou em três mundiais (Uruguai, em 1930; Itália, em 1934; França, em 1938), e nos Jogos Olímpicos de Amesterdão, em 1928, onde apitou o jogo de atribuição da medalha de ouro.

Dirigiu o seu primeiro encontro internacional, em 25 de Fevereiro de 1923, com 32 anos de idade. Até se retirar, em 1939, com 48 anos, arbitrou 63 partidas entre selecções…números inéditos para a altura.
Ficou célebre, para a história do futebol, por duas determinações: a exigência de um seguro de vida, para si e para os seus auxiliares, para poderem actuar no jogo da final, no Uruguai, e a decisão de fazer disputar, cada uma das partes da final (disputada por Uruguai e Argentina), com bolas diferentes, indicadas pelas equipas.
Sabendo da rivalidade aguçada que alastrava entre Uruguai e Argentina, a FIFA escolheu, para a final, o árbitro belga John Langenus.
Dada a expectativa que o jogo desencadeou, o árbitro pediu protecção policial… durante 24 horas. Foi-lhe concedida.
A polémica começou logo no início do jogo, em torno da bola. Cada equipa queria que a sua fosse utilizada. Langenus, salomónico, decidiu: cada bola em sua parte… o que faria “jurisprudência”, até aos dias de hoje. Dado o inédito, da decisão, o sorteio foi a fórmula encontrada, e a bola argentina foi a primeira a ser utilizada, sendo a bola do Uruguai a bola do segundo tempo.
Duas notas finais: o Uruguai venceu, por quatro bolas a duas; destaque, nas fotos da Final, para a indumentária do Árbitro… as calças, tipo golfe, o boné, o casaco, com largas algibeiras, e a sua famosa gravata! Um espanto…



Vídeo 1 - Final 1930


Vídeo 2 - Final 1930